O presidente do partido ANAMOLA, Venâncio Mondlane, submeteu esta tarde à Assembleia da República uma proposta de Revisão Constitucional que pretende alterar os elementos presentes na bandeira de Moçambique.
O que Mondlane Pretende Mudar
A proposta defende a manutenção do livro — símbolo do conhecimento e da educação —, mas sugere a retirada da arma de fogo e da enxada. Atualmente, estes elementos representam a defesa/vigilância e a agricultura/produção. No entanto, segundo Mondlane e seus apoiantes, tais símbolos, sobretudo a AK-47, transmitem ao país uma imagem excessivamente ligada à guerra e à violência.
"Estamos confiantes que a Assembleia da República vai dar provimento à nossa proposta de alteração dos símbolos da bandeira. Achamos que a nova bandeira vai trazer uma nova imagem."
— Venâncio Mondlane
Concurso Público nas Redes Sociais
A ideia da nova bandeira não surgiu internamente no partido, mas sim a partir de um concurso lançado nas redes sociais. Os cidadãos foram convidados a enviar propostas, transformando o processo numa iniciativa participativa e aberta.
A proposta vencedora — que Mondlane agora apresenta à Assembleia — foi selecionada através deste concurso. O autor será recompensado com cinco mil dólares, o equivalente a cerca de 300 mil meticais, conforme anunciado no lançamento.
Um Debate Sobre Identidade Nacional
A iniciativa volta a colocar em destaque o debate sobre a identidade de Moçambique no século XXI. Ao afastar-se dos símbolos diretamente ligados à luta armada, a proposta abre espaço para novas formas de representar o país e o seu futuro.

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